sábado, 31 de julho de 2010

O COMPLÔ DAS ELITES

Está assistindo impassível e sem compreender a realidade atual, grande parcela do povo brasileiro a um complô engendrado pelas elites trabalhadoras e a elite econômica dominante do Brasil.
Para bom entendimento dessa questão, primeiro vamos descrever essas duas castas da população brasileira. Começamos pela segunda já velha conhecida nossa. São aqueles que ao longo de décadas dominam o cenário econômico concentrando e juntando riquezas imensuráveis, e que, se parassem a exploração hoje, deixariam com a vida feita seus herdeiros por 20 ou 30 gerações. Não é a toa o ditado que diz "dinheiro chama dinheiro".
A segunda casta, esta não tão antiga, nasceu com o trabalhismo de Getúlio Vargas, vocês devem lembrar, aquele chamado de " O pai dos pobres", jargão criado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda em 1939, durante o "Estado Novo", para dar ênfase ao 'culto à personalidade' do presidente. Não estamos vendo acontecer isso novamente 70 anos depois?. Com a ascendência de um neo-trabalhador (depois explico o termo) ao poder em 2002, o pais enveredou para uma republica sindicalista, e embora ascensão desta casta causasse receio na segunda, por uma habilidade inesperada e continuidade dos fundamentos econômicos implementados no governo FHC,  esse medo transformou-se em sólida parceria.
A diferença básica entre o atual "pai dos pobres" e o de 70 anos atrás, é que o velho era proveniente da oligarquia rural e latifundiária e o atual vem de um grupo de espertalhões que durante a ditadura se organizaram nos sindicatos constituídos pelo velho ditador, fundando o Partido dos Trabalhadores. Incrustados em cargos de mando, a maioria por 20 ou mais anos, portando não precisando frequentar o chão de fabrica, bater ponto ou prestar satisfação a chefe. Dai porque chamo de "neo-trabalhador", esses pseudos trabalhadores encastelados em gabinetes de sindicatos, apregoam a luta pelos direitos da massa operária. Enquanto isso a esmagadora maioria dos que realmente trabalham e produzem neste pais, vê seus salários aviltados por impostos escorchantes para manter a maquina funcionando e pela usura dos capitalistas, que antes horrorizados com a entrada dos neo-trabalhadores no poder, ficaram tranquilos pois o chamado custo Brasil é repassado automaticamente para que a parte produtiva do pais pague.
De comum apenas é que o presidente de 1940 era pai de apenas 41 milhões de pobres e o atual 190 milhões. Portanto ao longo de sete décadas, só fizeram aumentar o numero de filhos pobres, o que para essas oligarquias é o mais interessante. Pouca cultura, muito voto; dai os votos dos adolescentes, analfabetos, presos e por ai afora.
As Nações Unidas, em seu relatório anual indicam o Brasil na septagesima quinta posição entre os países mais desiguais do planeta. Estamos atrás até da Venezuela e de Cuba. Talvez por isso a grande simpatia de nossos governantes pelos regimes destes países,
Enquanto esse governo neo-trabalhador alardeia que da peixe sem ensinar a pescar para 50 milhões de brasileiros, gastando quase 13 bilhões de reais com o bolsa família, dissimuladamente não diz que repassou no ano passado mais de 360 bilhões aos banqueiros, dignos representantes da elite econômica através de pagamentos de juros.
A cada dia as famílias ficam mais endividadas, pois a falsa sensação de poder comprar tudo por pouco através de longas parcelas e altíssimos juros, pois as pessoas apenas medem o quanto podem pagar por mês e não o total da divida. Por tudo isso, "nunca antes na historia desse pais" a classe dominante e os neo-trabalhadores enriqueceram tão rapidamente como agora. Por isso essa amizade de interesses que satisfaz a ambas castas que estão no comando do Brasil.